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Ecossistemas de inovação: a colaboração como agente transformador

10 de janeiro de 2023

Como essa estrutura virtuosa de inovação unindo instituições de pesquisa, empresas e startups provê soluções para problemas da sociedade por meio da tecnologia e do mindset empreendedor.

Na biologia, “ecossistema” é um conjunto de comunidades que interagem entre si e com o meio ambiente, gerando um sistema estável, equilibrado e autossuficiente — como corais, cavernas e florestas. Já no mundo corporativo isso não é muito diferente.

Um ecossistema de inovação reúne empresas, startups, universidades, governo, parques tecnológicos e outras instituições com foco na criação de um ambiente colaborativo e, claro, inovador. Nele, esses agentes trabalham juntos, compartilham resultados, trocam experiências e conhecimentos, e transferem tecnologia, dando vida ao que chamamos de open innovation — ou inovação aberta.

A fim de explicar para você um pouco mais sobre esse conceito tão em pauta, preparamos esse artigo que explica mais sobre os ecossistemas de inovação pelo mundo, seus agentes, benefícios e como funciona na prática.

Boa leitura!

Ecossistemas de inovação pelo mundo

O mais famoso ecossistema de inovação do mundo é o Vale do Silício, localizado na Califórnia, Estados Unidos.

Trata-se do lar de grandes empresas, como Alphabet, Apple, Intel, Meta e Netflix, e de duas das mais importantes universidades do planeta: a Universidade de Stanford e a Universidade da Califórnia. Além disso, o Silicon Valley abriga centenas de startups conhecidas como “unicórnios” — aquelas cujo valor estimado supera 1 bilhão de dólares.

Israel, por sua vez, também possui um ecossistema de inovação mundialmente reconhecido, englobando empresas como Mobileye, Waze, Wix.com.

No Brasil, um exemplo de ecossistema de inovação bem-sucedido é a cidade de Curitiba. Segundo o Global Startup Ecosystem Report, a capital do Paraná é a única cidade brasileira entre ecossistemas emergentes mais promissores do mundo.

O Tecnopuc, Parque Científico e Tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), também é um caso de sucesso. O polo abriga centenas de organizações e funciona como um facilitador nas relações entre a universidade, empresas, startups e o poder público.

Por fim, Campinas, cidade de um dos escritórios da Venture Hub — e não à toa —, é mais um destaque nacional. Muito graças à Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que sempre foi referência em educação e empreendedorismo, atraindo grandes empresas e pesquisadores, que fizeram da região um renomado e reverenciado ecossistema de inovação.

Os agentes do ecossistema

Cada agente, ou ator, tem seus objetivos, desafios, qualidades e conhecimentos, e buscam algo ao se conectar ao ecossistema.

A articulação do ecossistema pela Venture Hub, sob o conceito de inovação aberta, gera sinergia, viabilizando a geração de negócios entre os diferentes atores e criando caminhos para que atinjam seus objetivos e solucionem seus desafios.

Então, vamos ver um pouco mais sobre os principais atores.

Startups

As startups buscam amadurecimento e crescimento, por meio de um pitch perfeito para atrair clientes, parceiros e investimentos e tirar proveito do valor do ecossistema. 

Para elas, o TechStart, nosso ecossistema de inovação aberta e aceleração, atua com algumas verticais do mercado, leva informação por meio de ativos conceituais e metodológicos, guiando-as em sua jornada de desenvolvimento tecnológico e de crescimento, seja do faturamento, do número de usuários ou das conexões que vão viabilizar seus objetivos específicos.

Além disso, as startups têm diversas qualidades que as diferenciam de outros atores do ecossistema, como agilidade e flexibilidade para criar ideias, transformá-las em novas tecnologias e testá-las no mercado.

As barreiras que surgem durante a jornada de uma dessas empresas emergentes podem ser superadas com o apoio de um polo multidisciplinar, tal quais são os ecossistemas de inovação como o TechStart — que reúne pessoas inovadoras e tecnologias capazes de gerar valor e movimentar a sociedade.

O programa TechStart está com suas inscrições abertas para o ciclo de 2023, caso queira participar, escolha sua vertical e faça sua inscrição na pré-seleção: Agro Digital, Food Innovation, Supply Chain e Saúde.

Instituições de pesquisa

As instituições de pesquisa (chamadas no ecossistema de “parceiros tecnológicos”) buscam levar para o mercado suas tecnologias e outros ativos tecnológicos.

Junto ao ecossistema e em consequência das conexões com startups e grandes e médias empresas, os institutos conseguem visualizar seus potenciais mercados e acessá-los de forma mais rápida, eficiente e em escala, garantindo a difusão dos seus conhecimentos e tecnologias através da inserção em novos negócios e mercados.

Para o ecossistema, trazem não só o estado da arte das tecnologias que estão desenvolvendo, mas também a expertise sobre o processo de pesquisa e desenvolvimento, fortalecendo o capital intelectual do ecossistema.

Ou seja, para as startups, contar com o suporte de uma instituição de pesquisa é um verdadeiro diferencial. Se você busca uma parceria como essa, faça parte do ecossistema de inovação da Venture Hub, o TechStart.

Empresas

As grandes e médias empresas buscam se manter informadas sobre o desenvolvimento de um mercado específico, criar oportunidades de negócios conjuntos e abrir caminho para fusões, aquisições e investimentos. 

As conexões do ecossistema e os fluxos de conhecimento do programa dão a chance de grandes e médias empresas atingirem objetivos estratégicos e corporativos, como melhorar a eficiência operacional, acessar novas tecnologias e modelos de negócios disruptivos, externalizar e dividir o risco do processo de pesquisa e desenvolvimento tecnológico e, eventualmente, encontrar empresas fortes e maduras para investir.

As empresas trazem para o ecossistema experiência com grandes times, desenvolvimento e produção, maior volume de capital, logística e acesso a clientes, fornecedores e parceiros.

Investidores

Os investidores buscam bons rendimentos e risco controlado ao diversificar seus portfólios investindo em startups que passaram por um processo rigoroso de seleção, como é a avaliação dos mentores e parceiros do TechStart e da equipe Venture Hub. 

Dessa forma, torna-se possível a prática de CVC (Corporate Venture Capital), com empresas investindo em oportunidades geradas pelo TechStart e aumentando as chances de retorno sobre o capital investido, muito por conta do quanto o programa contribui para o desenvolvimento das startups participantes. 

Além dos recursos, os investidores trazem para o ecossistema acessos, contatos e conhecimento sobre mercados e formas de financiamento.

Se você é um investidor e está em busca de startups sólidas, seguras e escaláveis para investir, conheça o Select Portfolio da Venture Hub. Com certeza, é a melhor alternativa.

Benefícios de um ecossistema de inovação

Fazer parte de um ecossistema de inovação significa cocriação e colaboração, o que aprimora o processo de inovação e garante uma série de vantagens competitivas a todos os participantes, como:

  • Troca de experiências: estar em contato com outras empresas que já passaram por desafios parecidos com o da sua equipe é enriquecedor, além de uma ótima maneira de construir soluções mais eficazes em menos tempo.
  • Reconhecimento: crescimento e desenvolvimento são etapas indispensáveis para toda empresa que busca se tornar referência em seu nicho de atuação. Em um ecossistema de inovação, esses processos são acelerados.
  • Indicação: conhecimento não é a única coisa transferida em um ecossistema de inovação. Isso porque é comum que empresas recomendem o trabalho de seus parceiros a stakeholders — aumentando a confiança entre os atores e criando uma rede de parcerias.
  • Aprimoramento: esse é popularmente o grande trunfo de um ecossistema de inovação. Trata-se de uma das consequências da troca de experiências, que ajuda a otimizar processos, produtos e serviços, capacitar profissionais, ampliar a rede de contatos e captar talentos.

Um ecossistema de inovação na prática

Na Venture Hub, o grande expoente do ecossistema de inovação é o TechStart e suas respectivas verticais: Agro Digital, Food Innovation, Supply Chain e Saúde.

Trata-se de um modelo pragmático e focado em objetivos, alicerçado por quatro pilares: sessions, office hours, working groups e conexões; e estruturado em duas frentes: o Warm Up e o Programa de Aceleração.

O conteúdo de cada uma dessas frentes tem como base uma série de metodologias. A escolha de metodologias passa por um processo constante e extenso de pesquisa e adaptação, além da criação de novas ferramentas que entendemos como essenciais para o atingimento das metas do programa.

Fazemos benchmarking das melhores práticas, participamos de eventos voltados para aceleração de startups, aplicamos ferramentas internamente, entendemos as mecânicas, peças e ferramentas que compõem as metodologias e, então, sugerimos novos arranjos.

Algumas das ferramentas utilizadas por nós foram criadas pelo nosso próprio time, a partir do entendimento de que metodologias de mercado apresentam lacunas na parte de conexões entre startups e outros atores, principalmente com instituições de pesquisa e grandes e médias empresas.

Esse é um dos nossos diferenciais: o modelo de aceleração é uma conjunção de ferramentas de diversas metodologias criadas ou adaptadas para atender ecossistemas específicos em contextos específicos. E, para cada caso, existe uma combinação diferente de ferramentas. 

A ideia não é tornar os participantes especialistas em uma metodologia ou processo, mas garantir que conheçam diferentes ferramentas e aprendam a identificar quando e por que cada uma delas deve ser utilizada em seus negócios de acordo com sua jornada.

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