Em um cenário de negócios cada vez mais dinâmico e competitivo, a inovação deixou de ser uma vantagem para se tornar uma necessidade. Empresas que não conseguem se adaptar rapidamente às mudanças do mercado correm o risco de se tornarem obsoletas, perdendo relevância ou até desaparecendo. Neste contexto, a inovação aberta surge como uma solução estratégica essencial para empresas que buscam sobreviver e prosperar em mercados desafiadores.
A inovação aberta não é apenas uma metodologia, mas uma cultura de colaboração que envolve a interação com diversos stakeholders externos, como startups, universidades, fornecedores e até concorrentes, para gerar soluções criativas e manter a empresa competitiva. Neste artigo, exploraremos como a inovação aberta pode salvar sua empresa da obsolescência, com exemplos práticos e estratégias de implementação.
A Velocidade das Mudanças nos Mercados e a Necessidade de Inovação Aberta
Vivemos em um mundo onde as mudanças nos mercados acontecem a uma velocidade impressionante. Novas tecnologias, mudanças nos comportamentos dos consumidores, e a crescente pressão por sustentabilidade e inovação forçam as empresas a se adaptarem rapidamente. No entanto, muitas organizações ainda adotam modelos tradicionais de inovação que não conseguem acompanhar essa velocidade.
A inovação aberta, por sua vez, permite que as empresas se conectem com um vasto ecossistema de ideias e talentos, acelerando o processo de inovação. Ao abrir as portas para contribuições externas, as empresas podem acessar novas perspectivas, tecnologias emergentes e soluções inovadoras que não seriam possíveis de serem desenvolvidas internamente de forma tão ágil.
Com o Canvas de Diagnóstico da Cultura de Inovação Corporativa, você descobre o nível de maturidade da empresa para com a inovação e e mostra pontos específicos para tornar a organização ainda mais inovadora.
Exemplos de Empresas que Evitaram a Obsolescência Graças à Inovação Aberta
A inovação aberta tem se mostrado fundamental para muitas empresas que, ao adotá-la, conseguiram evitar a obsolescência e continuam relevantes em seus setores. Aqui estão alguns exemplos:
Case da AES Brasil
A AES Brasil, empresa líder em energia, agora subsidiária da Auren, reconhece a importância da inovação sustentável para impulsionar o setor energético, e procurou a Venture Hub para expandir a sua atuação no ecossistema de inovação de energia renovável, com foco em parcerias estratégicas e soluções inovadoras para solucionar desafios e aproveitar oportunidades latentes no mercado. Para isso, a organização tinha como objetivo investir até R$ 8 milhões em startups, projetos e instituições capazes de atender as suas demandas e interesses.
O mapeamento de potenciais parceiros aconteceu nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, o que totalizou mais de 6200 organizações com potencial de aderência às expectativas da AES Brasil. Desse total, uma análise minuciosa foi realizada com o nosso time de especialistas para identificar de fato as soluções mais qualificadas e que poderiam ser integradas às necessidades da empresa.
No final, cerca de 15 projetos foram selecionados, com investimentos variando entre R$ 600 mil a R$ 2 milhões. Desta forma, a AES não apenas conseguiu solucionar desafios do setor de energia renovável, como também se conectou a startups e organizações.
O case da AES Brasil é um exemplo de sucesso do impacto da inovação aberta. A líder no setor de energia procurou parceiros externos para solucionar desafios de energia renovável, visto que a colaboração com os demais atores do ecossistema de inovação se mostrou uma oportunidade viável para posicionar a empresa no ecossistema e garantir a vantagem competitiva no mercado.
Case TPV
A TPV é uma das maiores produtoras de tela do mundo, atuando no mercado de televisores, monitores e produtos de áudio com a marca própria AOC e Philips, com mais de 60 redes de varejo, 16 distribuidoras autorizadas e mais de 20 mil revendas especializadas, procurou a Venture Hub para trabalhar a cultura de inovação e se conectar com startups.
O trabalho de conexão com as startups consistiu em um programa de aceleração focado em indústria 4.0. Ao todo, mais de 200 startups se conectaram com a TPV e se inscreveram para o programa, e 44 startups participaram da aceleração, que trouxe mais 120 horas de conteúdos expositivos, como metodologias ágeis, estruturação de pitch e conexão com e 40 mentores. Das startups participantes da jornada, 9 foram aceleradas completamente e 2 realizaram POCs de investimento com a TPV.
Estratégias para Incorporar Inovação Aberta na Cultura Organizacional
Incorporar a inovação aberta na cultura organizacional exige um compromisso com a colaboração e a busca constante por novas soluções. Aqui estão algumas estratégias eficazes para integrar a inovação aberta na sua empresa:
1. Fomentar Parcerias Externas
As empresas devem criar canais claros para se conectar com startups, universidades, laboratórios de pesquisa e outras organizações externas. Essas parcerias são fundamentais para acelerar a geração de novas ideias e soluções.
O nosso ecossistema aberto de inovação, TechStart, conecta diferentes atores, desde grandes empresas, institutos de tecnologia até startups, para promover a conexão e a colaboração entre esses players, em busca de impulsionar soluções inovadoras para desafios reais da sociedade. Clique no link e faça parte do ecossistema TechStart.
2. Criar Ambientes de Colaboração
Promova um ambiente interno que favoreça a troca de ideias, tanto entre os colaboradores da empresa quanto com os parceiros externos. Isso pode incluir a criação de incubadoras ou programas de aceleração de startups, que estimulam a inovação dentro e fora da organização.
Desenvolver um hub de inovação é uma forma de incentivar a colaboração com players externos e fomentar a inovação internamente, além de diversos benefícios, como melhora na eficiência operacional, notoriedade no setor, agilidade para se adaptar a mudanças, entre outros ganhos competitivos. Para começar a estruturar o seu hub de inovação, clique aqui.
3. Investir em Plataformas de Inovação
As plataformas digitais de inovação aberta, como hackathons e desafios de crowdsourcing, são ótimas ferramentas para incentivar a participação de diferentes grupos externos. Elas permitem que sua empresa resolva problemas complexos de maneira rápida, ao mesmo tempo em que fortalece a sua rede de colaboração.
Por meio da página TechStart Open Challenges, corporações divulgam os seus desafios e informam ao mercado que estão em busca de parceiros para solucionar dores internas ou de mercado. As startups visitam as páginas de desafios e analisam se suas soluções correspondem às demandas das empresas. Em seguida, a Venture Hub conecta os dois atores, para que possam conversar e entender como eles podem trabalhar em conjunto.
Entre as grandes corporações que lançaram os seus desafios, estão Nestlé, Bayer, Unilever e Eurofarma.
4. Estabelecer Processos de Avaliação e Implementação Rápida
Uma parte essencial da inovação aberta é a implementação das soluções criadas. Para isso, é fundamental ter processos de avaliação eficientes, bem como uma estrutura que permita a adoção ágil das inovações, evitando que ideias valiosas se percam no processo.
Com o Corporate Innovation Assessment, você estrutura e direciona o escopo das futuras ações e decisões relacionadas à inovação corporativa na empresa. Clique aqui e baixe gratuitamente a ferramenta.
5. Apoiar a Mentalidade de Experimentação
Fomentar uma mentalidade de experimentação e aprendizado dentro da organização é crucial. A inovação aberta oferece um ambiente onde as falhas podem ser vistas como aprendizado, e as empresas precisam estar dispostas a experimentar e iterar para encontrar soluções disruptivas.
Indicadores para Medir o Impacto da Inovação Aberta na Longevidade Empresarial
A inovação aberta, quando bem implementada, pode prolongar a vida útil de uma empresa no mercado. Para medir seu impacto, é importante estabelecer indicadores que reflitam o sucesso da adoção dessa estratégia.
A ferramenta Classificação de KPIs auxilia organizações a estruturar e priorizar os indicadores de desempenho mais relevantes para o seu negócio. O modelo divide os KPIs em quatro classificações, desde prioridade máxima até descartável. Faça o download gratuito da Classificação de KPIs clicando aqui.
Alguns dos principais indicadores incluem:
1. Taxa de Implementação de Novas Tecnologias
A rapidez com que uma empresa adota novas tecnologias ou inovações externas pode ser um bom indicativo de como a inovação aberta está impactando seu desenvolvimento.
2. Índice de Parcerias Estratégicas
O número de parcerias externas estabelecidas com startups, universidades e outras empresas pode ser um reflexo da eficácia da inovação aberta.
3. Aumento de Receita e Eficiência Operacional
A inovação aberta pode resultar em novos produtos, serviços ou modelos de negócios. A melhoria na receita e na eficiência operacional são indicadores claros do impacto positivo dessa abordagem.
4. Satisfação do Cliente
Inovações que melhoram a experiência do cliente, especialmente as baseadas em soluções abertas, podem gerar aumento na satisfação e fidelização, indicadores importantes de longevidade no mercado.
Conclusão
Em um mundo de rápidas mudanças, a inovação aberta é uma estratégia indispensável para garantir que sua empresa continue competitiva, relevante e adaptada às necessidades do mercado. Ao adotar essa prática, as organizações podem acessar novas ideias, tecnologias e talentos, permitindo a criação de soluções mais rápidas e eficazes.
Além disso, a inovação aberta não apenas ajuda a evitar a obsolescência, mas também fortalece a cultura organizacional, incentivando a colaboração e a troca constante de ideias. Se sua empresa ainda não está explorando essa abordagem, agora é o momento perfeito para começar.
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