Por que empresas e universidades estão desenvolvendo hubs de inovação?
À medida que a inovação está cada vez mais predominante no âmbito corporativo, com práticas direcionadas para inovação aberta, grandes players também começaram a desenvolver seus próprios hubs de inovação, com diferentes propósitos: desde ampliar e fortalecer ecossistemas, encontrar novas oportunidades de crescimento no mercado, impulsionar negócios para resolução de desafios, entre outros objetivos.
Os hubs de inovação são espaços direcionados que possibilitam a inovação aberta e o trabalho colaborativo, dependendo dos diferentes contextos e situações em que podem ser criados, tudo de acordo com a visão e estratégia da empresa. Sendo assim, eles podem se caracterizar, por exemplo, como ambientes para corporações reestruturarem processos de forma inovadora, ou servir como local para empreendedores testarem e validarem suas soluções e plataformas de networking., dentre muitas outras possibilidades.
É importante que a criação desses ambientes esteja realmente alinhada com os objetivos das empresas e instituições responsáveis por eles, para garantir a eficácia e sucesso e evitar possíveis contratempos.
Nas grandes corporações, por exemplo, o interesse pode estar em promover a inovação nos times internos, resolver dores do mercado e se manter como referência e relevante no setor. Enquanto para universidades, o foco pode estar em incubar startups, transformar projetos ou pesquisas em negócios, incentivar o empreendedorismo e a inovação nos estudantes, professores e pesquisadores para a criação de ideias inovadoras.
Com o mercado cada vez mais competitivo e em constante transformação, a relevância e sobrevivência das organizações dependem da maneira como elas se adaptam às tendências e às movimentações. A inovação já se tornou um aspecto imprescindível para a prosperidade e crescimento de qualquer negócio, os hubs de inovação entram na jogada para trazer atrair talentos, novas oportunidades de trabalho, redução de custos, possibilidades de parcerias, entre outros fatores.
Abaixo vamos mostrar alguns dos possíveis motivos que estão levando corporações e instituições a criarem os seus hubs, ou procurarem por esses locais:
- Colaboração e networking: Os hubs de inovação são uma maneira de estabelecer parcerias estratégicas com diversos atores do ecossistema (faça parte do ecossistema TechStart), como startups, empresas e indústrias, promovendo a colaboração entre todos os envolvidos em projetos e oportunidades de novos negócios.
- Competitividade e posicionamento no mercado: Por serem ambientes voltados para inovação aberta, as organizações têm maiores chances de se destacarem em seus mercados, se tornando mais adaptáveis às mudanças no segmento, mais competitivas e relevantes no mercado, estando à frente da concorrência. Além de se manterem na vanguarda das tendências e tecnologias emergentes.
- Aceleração de desenvolvimento de produtos: O trabalho colaborativo por meio de hubs pode encurtar o ciclo de desenvolvimento de produtos. Pesquisas realizadas nas universidades, por exemplo, conseguem ser utilizadas em projetos comerciais, acelerando o processo de criação dos produtos.
- Redução de custos: Parcerias com startups também é uma outra opção para diminuir os custos de produção. Com soluções já validadas e comprovadas, as empresas podem procurar startups para propor colaboração entre as partes, assim, a startup ganha visibilidade enquanto a companhia poupa recursos e tempo, podendo até mesmo resolver desafios internos através da colaboração.
Apesar da criação de hubs de inovação contar com diferentes propósitos, a ativação desses ambientes versáteis exige expertise no segmento para implementar com sucesso as iniciativas planejadas e alcançar os resultados esperados. É necessário um processo estruturado e eficaz para realizar ações, incentivar o engajamento, atrair o público ideal e executar as iniciativas necessárias. Isso tudo vai além de apenas fornecer estrutura descolada e equipamentos.
Quais são as vantagens de ter um hub de inovação?
Ao desenvolver um hub de inovação, empresas e instituições começam a ganhar novos posicionamentos no mercado, despertando o interesse de potenciais parceiros estratégicos e investidores para possíveis oportunidades de negócios. Também ocorre o fortalecimento da marca em seu segmento, como uma organização disruptiva, moderna e inovadora, podendo até ser líder e referência na área em que atua.
Outro ponto a favor dos hubs é que através da inovação interna nas companhias, é possível melhorar a eficiência e o engajamento dos times, tornando-os mais ágeis, criativos e motivados na busca por soluções.
Além disso, uma característica imprescindível desses ambientes é o aprendizado e troca de experiências. Como distintos atores estão envolvidos no dia a dia do hub, ocorre o compartilhamento de ideias e insights entre especialistas, mentores, investidores e os demais representantes, podendo utilizar as ideias em futuros projetos, inspirar as pessoas ou até mesmo reformular e reavaliar processos.
Enquanto para universidades, além dos pontos citados acima, os hubs podem atrair parcerias estratégicas que podem ajudar no desenvolvimento e no financiamento do espaço, desenvolver e fortalecer o ecossistema regional, formar novos empreendedores e se conectar ao setor privado.
Com diversas ideias e pesquisas nos centros acadêmicos, os hubs podem ajudar a transformar projetos em negócios reais, através de programas de aceleração, mentorias e iniciativas que irão capacitar os empreendedores e impulsionar suas soluções, como é o caso do Mescla, hub de inovação da PUC-Campinas.
Case Mescla!
O caso do Mescla é uma iniciativa para desenvolver startups oriundas da própria instituição. A operação do espaço conta com o envolvimento da Venture Hub para desenvolver e escalar negócios em potencial no programa de aceleração CRIA.
As ações no Mescla são voltadas para ensinar aos universitários e ex-estudantes, com startups, os conceitos imprescindíveis do empreendedorismo, como MVP e Lean Startup, para que possam aplicar as metodologias em seus próprios projetos, validar hipóteses e aprimorar seus modelos de negócios. Para isso, o centro de inovação da faculdade proporciona sessions, workshops, hackathons e mentorias com especialistas e empreendedores experientes para capacitar os participantes, orientando-os, conhecendo os seus produtos e trazendo feedbacks sobre as ideias.
Entre as soluções que já passaram pelo hub de inovação, estão produtos de marketing digital, serviços para a área de saúde e saúde mental, design digital e aplicativo para serviços de comida e demais ideias.
Com 4 anos de operação, o Mescla vem amadurecendo e ganhando robustez a cada programa realizado. Até o momento, o hub de inovação já realizou 7 ciclos de aceleração, com mais de 50 negócios acelerados, com alguns recebendo proposta de investimento, outros gerando receita e com algumas startups se tornando residentes no espaço.
Desse modo, a PUC-Campinas proporciona uma rede de apoio para as organizações, possibilitando que elas desenvolvam seus produtos no próprio ambiente, tenham acesso a contatos para possíveis parcerias e interação com outras startups, fomentando o empreendedorismo na região. Em contrapartida, a universidade se torna centro de referência de inovação e incubação de startups.
“Acelerar ideias de novos negócios é ter a oportunidade de ver a inovação acontecendo em tempo real, da forma mais ágil e enxuta possível. Os hubs de inovação são ambientes preparados e abertos para acolher todo esse movimento de testes e criação de soluções”, explica a especialista em inovação da Venture Hub Giseli Fernandes.
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