Análise 360° da Oportunidade de negócio

Antes de começar a análise 360° e refletir sobre os aspectos internos e externos é preciso, primeiro, escrever qual é a ideia do seu produto ou serviço.

Em seguida, é necessário escrever que tipo de problema a sua ideia resolve para o público. Nessa parte, você pode informar a ideia de maneira sucinta e direta ou escrever com mais detalhes a solução daquele produto.  

Com as duas etapas anteriores concluídas, chegou a hora de utilizar a análise 360°. Não existe uma ordem correta, é possível começar pelos aspectos internos ou externos. No entanto, aqui, iremos começa pelo lado externo.

O primeiro item que o empreendedor deve pensar em relação a seu projeto é: qual é a escala dele? Ou seja, quantas pessoas serão atingidas por essa solução. Serão dezenas, milhares, milhões ou bilhões de pessoas? 

Não há necessidade do produto atingir uma alta quantidade de pessoas. Se a ideia é destinada apenas para um pequeno nicho, não tem problema, desde que exista o público.  

Outro fator que deve ser analisado na ferramenta é o tipo de necessidade da ideia. Para isso, é preciso utilizar a Hierarquia das Necessidades, de Abraham Maslow. A ideia resolve problemas básicos dos clientes ou problemas de auto-realização? Entenda-se básico como componentes essenciais para o bem-estar do ser humano. Enquanto auto-realização são aspectos que realizam objetivos pessoais e profissionais do público. Está relacionado com coisas que a pessoa gosta e se sente confortável em fazer. 

Nesta etapa, o empreendedor deve responder qual é a escala da sua ideia. Ou seja, o projeto está sendo desenvolvido a um nível global, nacional, regional ou local?

Às vezes, nem todas as pessoas entendem qual é a função de um determinado produto, seja por falta de clareza nas informações ou por outro motivo. Em algumas situações, explicar apenas na fala o projeto não é eficaz, é preciso de uma demonstração para que o público entenda a ideia. Em outras ocasiões, só de olhar para a ideia as pessoas conseguem entender o seu propósito. 

Portanto, aqui, é necessário pensar se a ideia precisa de alguma amostra para que ela seja entendida perfeitamente ou se apenas o diálogo ou olhar é o suficiente.

Qual é o tamanho do mercado para o qual o projeto está sendo elaborado? É um setor que movimenta milhares, milhões ou bilhões de reais? Essas perguntas devem ser pensadas e respondidas no oitavo passo. 

No campo “É lucrativo?”, o empreendedor deve responder o quão lucrativo é a sua ideia. O produto irá trazer altos lucros para a empresa ou será algo mais contido?

Lembrando que nem sempre as respostas das ideias precisam ser preenchidas nos campos mais altos da ferramenta. Tudo depende do propósito do projeto.  

Por fim, na última etapa dos aspectos externos, será analisada a questão: o quão inovador é a ideia? Dependendo do projeto, é possível encontrar algumas versões alternativas ou similares no mercado, enquanto outros projetos são oportunidades que ainda não foram exploradas pelos concorrentes e que tem alto potencial de inovar no setor.  

O primeiro item a ser analisado nos aspectos internos da ferramenta será se a ideia que o empreendedor está desenvolvendo é uma de suas paixões ou não. É preciso que os responsável pela ideia goste não apenas dela, mas também do problema a ser solucionado. O mesmo vale para situação oposta. 

Se não houver um interesse real do empreendedor por aquele projeto, é possível que a ideia não prospere como deveria e que não haja um real esforço para com ela. Portanto, nessa etapa é preciso pensar sobre o produto e refletir se você realmente gosta dele e de resolver o problema para o qual ele está sendo criado.

Outro aspecto para ser respondido no campo interno é o desafio intelectual que a ideia oferece. Ou seja, o desafio que ela atende é um problema que está sempre em constante mudança, demandando que o empreendedor estude e se atualize no tema ou não? O empreendedor gosta de saber que sempre precisará aprender sobre aquele desafio? 

Essa autoavaliação é importante, pois, dependendo da resposta, ela impactará diretamente no futuro da organização. 

Por fim, de nada adianta ter uma ideia se não existe um público e potenciais clientes para adquiri-la. Na última etapa, é preciso analisar essa situação e refletir se o empreendedor tem e conhece contatos que pagariam por aquela solução.